Meus versos,
Meus unguentos...



sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Julho

Deus concêda-me um abraço desses
No silêncio de julho
No meio do ano
Quando nem mesmo uma reza me vale
E nada equivale ao meu abandono
Deus concêda-me um instante de febre
Um breve descanso
Nesses braços sem nome
Pétala crespa
Pescoço abdômen
Por um segundo, meu Deus, esse berço
Regaço macio pra minha cabeça perdida
Por um momento, meu Deus, eu peço
Mesmo que eu seja para sempre insone
E compadeça até o fim da vida.

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