Meus versos,
Meus unguentos...



quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Enquanto ando
me embrenho no breu
das coisas do mundo
Fundo sem fundo
O mundo é um vão sem parede
Corda bamba sem rede
para quem quer se soltar
Enquanto ando encantoando a dor
canto e ando
vez em quando com fé
vez em quando descrente
O mundo é um sortimento de gente
que não se deixa abraçar
E quanto mais longe vou
mais preso me sinto
O mundo é um labirinto
quanto mais me encontro
mais me ausento
Fundo sem fundo
o mundo é cigano
tanto seduz quanto assusta
feito um gigante a espreita
que nem de longe suspeita
da minha paixão
Mas as coisas do mundo
é um corte profundo
no meu coração

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