Meus versos,
Meus unguentos...



segunda-feira, 29 de março de 2010

Sentidos


Açucar do fundo
Mascavo sem fim
Acre pele sal sândalo pêssego
Cheiro que não acaba
Gosto que não termina
Menta manacá avenca
Resquício de sabonete e gasolina
Cheiro que embriaga
Pêlo chuva sexo axila
Fundo que não tem fundo
Sabor que guarda o mundo
Explosão de vida infinda
Azedo amaro manga
Flor no meu nariz
Na minha boca
Na minha alma
Na minha língua...

sexta-feira, 12 de março de 2010

Um poeta
























Corta o vazio como cortasse os pulsos,
Rasga-se à caça de si.
Flor aberta a ferro e fogo
a soco e faca.
Muitas vezes encontra o nada.
Mas a sangue quente,
escalavra a palavra, lavra,
escalpela o que sente.