Meus versos,
Meus unguentos...



quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Tardinha


A tardizinha
A tardinha
Tadinha da tarde no fim do mundo
Morrendo no asfalto
Nos campos secos
Nos prédios
Nos muros altos
Nos morros
Nos sobressaltos
Na solidão das placas
Nas rodas do caminhão.
Morrendo nas vilas,  avenidas
Nas veias sentidas do meu coração
Morte lenta invisível
Leve nos braços do vento
Uma pena
No abandono das antenas
e da casa em construção.
Tadinha da tarde
Quase triste, quase bela
Nos silêncios da favela
Na confusão de buzinas
Na fumaça das usinas
Entre meu olhar profundo
E o reluzindo de uma estrela.

2 comentários:

No meio do meu caminho disse...

AHHHHHHHHHHHHHHHH! Que ódio de você! rsrsrsrs linda poesia Lido! Amei!!! me deu uma dorzinha aqui no cotovelo! Bejo!

Soraia Moraes disse...

Êta tardezinha mais inspiradora de linda poesia. Amei Lido.
bjs.
Soraia